quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PAPICU VIVA EUFORIA IMOBILIÁRIA

24/2/2010
De paraíso ecológico, o bairro se transformou em, predominantemente, residencial, tomado por arranha-céus
Uma verdadeira imensidão de dunas, que se estendia desde o que é atualmente conhecida como a Avenida Pontes Vieira até a Praia do Futuro. Essa visão de paraíso também incluía o rio Cocó, as lagoas do Gengibre e a que deu origem ao nome do bairro: Papicu.
Contudo, não demorou muito para que esse luxo da natureza sucumbisse à ocupação desordenada e sem um perfil claramente definido para um bairro. Daí que, para lá, convergiram, desde a década de 1960, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), a cervejaria Astra (depois comprada pela Brahma) e o conjunto habitacional Cidade 2000. Por fim, assumiu características de um lugar predominantemente residencial.
Fique por dentro - O apelo do verde
O fenômeno que explicaria a grande movimentação imobiliária no Papicu estaria, sobretudo, no apelo do verde. A aproximação com o Parque do Cocó implica numa valorização do metro quadrado, que tem se aproximado de valores das demais áreas nobres da cidade. De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação de Imóveis (SECOVI-CE), Sérgio Porto, o que mais chama a atenção no bairro é o descontrole na ocupação, permitindo que grandes espaços influenciassem de forma singular a comunidade local. Embora haja uma predominância de construções com fins residenciais, houve também uma expansão da oferta de serviços e comércios, fazendo com que o lugar se tornasse ainda mais atraente para diferentes segmentos sociais. Para Sérgio Porto, a grande preocupação é que sejam resguardadas normas de ocupação do solo
MERCADO
Equipamentos são atrativos para a expansão do bairro
Dentro da mobilidade natural das capitais, tendo como motor o setor imobiliário, o Papicu foi favorecido por estar próximo ao bairro Aldeota e com os grandes espaços vazios. Curiosamente, houve uma desordem inicial sobre que perfil o bairro assumiria ao longo da sua história.
Uma das primeiras edificações foi à sede do Hospital Geral de Fortaleza, construída ainda na administração do presidente João Goulart, em 1961. Em meados da década de 1970, instalou-se a cervejaria Astra, que, hoje, ficou reduzida a um conjunto de prédios em ruínas.
Daquela época, os moradores mais antigos lembram que foi a Cialtra a primeira empresa de ônibus a interligar o HGF (antes denominado de INSS) a outros pontos da Capital cearense. A Lagoa do Gengibre não havia sido soterrada, e o Papicu era contornado por uma densa vegetação e protegido por dunas gigantescas.
O bairro tanto poderia ter se projetado para ser industrial - em vista da cervejaria, que permaneceu em atividade até a década de 1980 - quanto de serviços, por conta da infraestrutura organizada, que foi sendo implementada nos últimos 30 anos.
Habitação
Também na década de 1980, conforme ressalta Nirez, foram inauguradas as primeiras quadras do Conjunto Habitacional Cidade 2000. Com ele, houve a disseminação de equipamentos urbanos de primeira ordem, como escolas (como a Escola de Ensino Fundamental e Médio Rogério Fróes), postos de saúde, igrejas e praças.
Do que foi no passado para o que é hoje na realidade, pode-se reconhecer, na opinião do memorialista, que o Papicu é uma das áreas que mais cresceram em valores especulativos.
Essa idéia é aceita por quem entende de mercado imobiliário. O presidente do Sindicato das Empresas de Compra Venda e Locação de Imóveis (SECOVI-CE), Sérgio Porto, explica que o Papicu ficou entre os dez bairros que mais venderam imóveis no ano passado, com uma venda de, pelo menos, 423 unidades. Para se ter uma idéia da movimentação de imóveis na Capital, a Aldeota vendeu 744 unidades; a Maraponga, 684; e a Messejana, 609.
Para Sérgio Porto, a movimentação no Papicu não pode se configurar como uma "febre imobiliária". No entanto, ressalta que há uma euforia facilmente sentida pelo desempenho do mercado local nos últimos cinco anos, quando houve um despertar para os benefícios naturais e os bons equipamentos existentes na área.
Fonte: Diário do Nordeste
 

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Construtoras investem em empreendimentos para as exigências de um público com maior independência financeira

Fortaleza, 20/08/2010

Construtoras investem em empreendimentos para as exigências de um público com maior independência financeira
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Representando 58% da população fortalezense, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os solteiros têm se tornado um alvo cada vez mais focado pelo setor imobiliário, em virtude, principalmente, da maior independência financeira adquirida nos últimos anos. Para satisfazer as necessidades dessa exigente juventude, as empresas de engenharia intensificaram investimentos em empreendimentos que se adequam às peculiaridades do público.
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Empreendimentos com dois quartos, área de lazer e boa localização são características procuradas por esses consumidores, que somam 74 milhões no País. Segundo o IBGE, 11% dos lares nacionais são ocupados por pessoas solteiras. Nicho de mercado, portanto, não falta.
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De acordo com Pedro Sabóia, Superintendente Comercial da Magis Incorporações, essa tendência de mercado se consolida cada vez mais e o consumidor em questão procura um imóvel enxuto e confortável. O superintendente Regional Nordeste da MRV, Yuri Chain, explica esse fenômeno ao afirmar que "as pessoas estão retardando alguns acontecimentos da vida, casam e decidem ter filhos mais tarde, priorizando a estabilidade financeira. O resultado é pessoas morando sozinhas em apartamentos de um, dois e até três quartos", explica.
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Vários fatores são levados em consideração pelos solteiros na hora de escolher um imóvel. As principais exigências são a localização, os serviços oferecidos pelo empreendimento, a comodidade e a segurança. "Para a maioria dos solteiros, os empreendimentos devem estar situados em uma região com infraestrutura de comércio e serviços e, de preferência, próximo ao trabalho", afirma Chain.
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Outro elemento que pesa na escolha da moradia e contribui para o crescimento do mercado destinado a este público são as facilidades de crédito oferecidas pelos bancos federais e particulares para os segmentos imobiliários. Segundo Pedro Saboia, "a extensão dos prazos de financiamento foi preponderante para o crescimento no consumo desse público, pois, com o aumento dos prazos, há a diluição do valor da prestação, o que permite a aquisição do seu próprio imóvel a essa parcela da população", destaca.
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Compacto com excelência
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Pensando no conforto dos jovens solteiros, a Construtora Manhattan possui imóveis compactos diferenciados, conforme intitulados pelo gerente comercial da empresa, Marcelo Prado, de "maiores compactos da categoria", aludindo ao setor automobilístico. Segundo ele, a construtora disponibiliza apartamentos de 80 metros quadrados, proporcionando grande comodidade a esse público.
"Existe toda uma estrutura que permite o morador fazer exercícios físicos no próprio condomínio, com academia, quadra de tênis. Além disso, a localização é excelente, de fácil acesso", diz Marcelo, segundo quem essa estirpe de empreendimento representa 50% do estoque da Manhattan.
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Para ele, parte desse público trabalha muito para adquirir bens de qualidade e possui pouco tempo para decidir detalhes da nova casa. Ciente disso, a empresa fornece, de modo opcional, um serviço de programação aos clientes. De seis meses a um ano até a entrega do imóvel, a construtora agiliza e soluciona serviços, como decoração, instalação de ar-condicionado e outras minúcias para o futuro morador não ter trabalho.

Fonte: Diário do Nordeste